João Guimarães: Mestrado em Neurobiologia

João Guimarães frequenta o primeiro ano do Mestrado em Neurobiologia, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e falou-nos um pouco acerca do mesmo.

Poderias descrever o teu mestrado? As UC’s estão mais voltadas para a teoria ou para a prática?

O Mestrado em Neurobiologia tem uma grande diversidade de Unidades Curriculares, sendo que algumas estão mais voltadas para a parte teórica, devido à incapacidade para aulas práticas enquanto que outras têm uma grande componente prática. Algo que potencia esta diversidade é a divisão das Unidades Curriculares em módulos, permitindo que uma única Unidade Curricular possa ter módulos mais teóricos e alguns mais práticos.

As UC’s são um bom complemento à componente prática?

Sim são, em todas as cadeiras com uma componente prática, toda a matéria teórica é fornecida previamente de modo a facilitar a parte prática.

Que UC’s de Laboratório tens?

Os módulos que apresentaram uma maior componente laboratorial/prática foram Neuroanatomia, Fundamentos e Métodos de Biologia Molecular, Neurodesenvolvimento e Microscopia. Neste segundo semestre outros módulos iriam apresentar fortes componentes práticas, como In Vitro Models, Estereologia, Brain Imaging, entre outros, contudo devido à pandemia de Covid-19 tal não pôde acontecer.

Na tua opinião, as aulas de laboratório estão a preparar-te bem para o teu futuro?

De um modo geral, todos os módulos práticos oferecem ferramentas que nos ajudam para um futuro como neurocientistas, sendo que esse é o maior objetivo deste mestrado.

O teu Mestrado tem alguma colaboração com empresas e/ou universidades?

Sim, o Mestrado em Neurobiologia colabora com diferentes Faculdades como a FPCEUP e o ICBAS e também tem uma grande componente no I3s.

Na tua opinião, como é que estas colaborações beneficiam os alunos deste mestrado?

Através destas colaborações, os alunos do Mestrado conseguem estar em contacto com diferentes profissionais/investigadores e serem expostos a diferentes áreas do ramo das Neurociências.

Que saídas profissionais podem esperar os estudantes que completem o mestrado que frequentas?

A principal saída profissional é a investigação na área das Neurociências, pois esse é o grande objetivo do Mestrado. O Mestrado também oferece grandes ferramentas para a continuação dos estudos no Doutoramento em Neurociências

Onde aconselhas a procura de informação, para quem esteja interessado em seguir o teu Mestrado?

Na página do mestrado no sigarra da FMUP podem encontrar todas as informações necessárias sobre o mestrado, como unidades curriculares, contactos, ects… Para além disso podem contactar o diretor do mestrado, o Professor Doutor Carlos Reguenga através do email: cregueng@med.up.pt.

O que te fez seguir o Mestrado que frequentas?

Eu sempre tive um grande interesse na área das Neurociências e através do estágio que tive neste ramo esse interesse aumentou levando a que me candidatasse a este Mestrado.

Estás a gostar do teu Mestrado?

O Mestrado, para já, está a corresponder a todas as expectativas, mas tal como em todos os Mestrados há módulos que me fascinam muito mais do que outros.

Na tua opinião quais os pontos positivos?

Um dos maiores pontos positivos é o baixo número de vagas, pois exponencia e facilita o contacto entre os professores/investigadores com os alunos e também entre os alunos. Outro ponto positivo é a diversidade de módulos, pois, embora seja um Mestrado focado nas Neurociências oferece módulos como Neurologia Clínica que dão uma outra visão, mais ligada à medicina, sobre esta área.

E negativos?

Não diria que seja um ponto negativo, mas a carga de trabalho é deveras grande. Para além disso, por ser um mestrado com um formato de módulos faz com que todas as semanas o horário mude não permitindo criar necessariamente uma rotina.

Achas que o teu Mestrado está bem estruturado?

Sim, acho que sim. Todas as unidades curriculares/módulos complementam-se e permitem uma melhor compreensão da matéria lecionada. Para além disso, o primeiro semestre fornece um leque maior dos diferentes ramos das neurociências, enquanto que o segundo fornece mais técnicas que irão ajudar no desenvolvimento do projeto de tese e na tese em si.

O que poderia ser reformulado na estrutura do mesmo?

O método de ensino de alguns módulos.

O que tiveste em consideração na escolha do teu Mestrado?

Quando me candidatei ao Mestrado tive em consideração não só o tema, mas também a análise das diferentes Unidades Curriculares de forma a que não me surpreendesse quando as aulas começassem. Para além disso, é importante ter em consideração que é um mestrado de tempo integral, sendo necessário fornecer muito tempo para a sua realização.

Tens algum conselho para os estudantes que se vão candidatar, no próximo ano, a um Mestrado?

Acho que um dos melhores concelhos é terem em atenção as datas de candidatura, tanto para não passarem estas datas, mas também para não gastarem dinheiro desnecessário. Se se forem candidatar a mais do que um Mestrado devem ter em atenção se a saída de resultados de um é antes do término da candidatura de outro, permitindo poupar dinheiro em candidaturas. 

Podes partilhar algum contacto teu, caso alguém te queira pedir algum conselho e/ou opinião?

Sim, claro. O meu email é joao.p.baltar@gmail.com.