Daniel Lobo Castro frequenta o primeiro ano do Mestrado em Estatística Médica, da Universidade de Aveiro, e falou-nos um pouco acerca do mesmo:
No MEM (Mestrado em Estatística Médica) todas as UCs têm uma base teórica, mas são eminentemente práticas (nos PCs), não existe muita distinção entre aulas “práticas” e “teóricas” uma vez que cada aula tem um pouco das duas abordagens, o que acaba por facilitar a aprendizagem porque aplicamos quase de imediato os conceitos teóricos em software (R) durante as aulas. Por ser um mestrado com uma componente de saúde associada existirão um par de cadeiras que serão basicamente teóricas, mas, mesmo estas têm trabalhos em associação com as outras cadeiras (em que se usa o R) e, portanto, acaba-se por aplicar esses conceitos de saúde também na análise estatística. Para além do trabalho curricular formal o aluno também poderá ter a possibilidade de, por iniciativa própria, colaborar com projetos existentes, na qualidade de voluntário ou outra; o que é sempre enriquecedor para o currículo do aluno e para a sua experiência pessoal. No segundo ano curricular do mestrado, o aluno pode escolher entre fazer dissertação ou estágio, especialmente no âmbito do estágio penso que existem muitas possibilidades a nível clínico/hospitalar e empresarial, as oportunidades são variadas consoante o percurso que o aluno entender seguir dentro da estatística. De facto, a perceção que tenho é que existem boas oportunidades para estatistas (não só na área da saúde). Existe muita e boa informação sobre o MEM no site da UA (Universidade de Aveiro), se quiserem saber mais e podem sempre contactar a professora encarregue do mestrado.
A minha experiência pessoal, como aluno do MEM, tem sido muito positiva. O que me fez candidatar a este mestrado foi a minha curiosidade pela análise de dados. Já tinha tido umas luzes de bioestatística na licenciatura, mas sentia que não era suficiente e que queria saber mais. Como vim de Biologia, de início pensei que seria difícil fazer um mestrado de cadeiras com grande teor matemático; de facto tive que me esforçar um pouco para acompanhar alguns conceitos, mas, com a ajuda, dedicação e paciência de professores, acho que todos estão ao alcance do que é dado. Para além disso, o uso da programação (em software) facilita imenso o processo de aprendizagem e motivação.
O meu conselho, para todos os que estejam a pensar candidatar-se a este mestrado é: candidatem-se! Vai ser muito útil na análise de dados das vossas pesquisas na área da biologia (e não só). Comecem por ver bem o plano curricular do mestrado, vejam os conteúdos programáticos das UCs e pesquisem sobre esses conteúdos na internet (existe bastante suporte e material sobre estatística na internet) para terem uma boa ideia do que se fala no MEM.
Boas escolhas!