Carolina Pires frequenta o Mestrado em Biomedicina Molecular, na Universidade de Aveiro, e falou-nos um pouco sobre o mesmo:
Olá, chamo-me Carolina Freitas Pires, licenciei-me em Bioquímica do Departamento de Química na Universidade de Aveiro e, atualmente, estou no Mestrado em Biomedicina Molecular, do Departamento de Ciências Biomédicas da mesma Universidade.
Este mestrado tem cadeiras ligadas à parte prática e outras à teórica, sendo que as teóricas são bastante dinâmicas com a introdução de trabalhos e apresentações, acabando por serem aulas mais diversificadas, pois estes são realizados em sala de aula.
Desta maneira acho que as teóricas estão bem complementadas com estes métodos de avaliação, embora diferem de cadeira para cadeira. Já na parte prática posso dizer-vos que os professores explicam a matéria da teórica primeiro para poderem passar à prática, ajudando em quaisquer dúvidas que vão aparecendo.
O plano curricular é de dois anos, em que o primeiro ano contém 5 cadeiras por semestre e o segundo ano é dedicado à tese, tal como descrito na plataforma da UA nos mestrados.
No primeiro ano temos apenas 1 cadeira de laboratório no primeiro semestre, “laboratório em biomedicina molecular”, e outra cadeira de laboratório no segundo semestre que se designa “rotações laboratoriais/estágio”, dado que este laboratório/estágio não foi inteiramente possível devido ao covid-19.
Como contactei várias vezes com laboratórios na minha licenciatura não achei que tivesse necessidade de ter mais parte prática, tendo conhecimento de que esta parte é fundamental para um futuro no mercado de trabalho.
Para a cadeira “rotações laboratoriais/estágio” fomos nós, alunos, que tivemos de recorrer aos investigadores e/ou empresas, logo não sei quais são as que têm acordo com a universidade, mas se quiséssemos ir para uma empresa e nos aceitassem, apesar de ainda não haver acordo, o diretor do curso fazia para que conseguíssemos ter esse estágio.
É de notar que este ano este mestrado começou de maneira diferente, em vez de serem realizadas as 5 cadeiras ao longo de todo o semestre, tivemos apenas uma cadeira que decorreu dessa forma, dado que as restantes 4 realizaram-se por módulos, isto é, para cada uma destas quatro cadeiras fizemos as horas suficientes numas 3 a 4 semanas intensivas, e depois começava outra cadeira. Com isto podem reparar que estamos apenas a ter 2 cadeiras de cada vez por mês, sensivelmente, uma que vai alternando e a outra que é constante.
Dado que ainda é uma área bastante vasta podem encontrar emprego em empresas laboratoriais, tecnológicas ligadas à saúde, ou como bolseiros em universidades.
O que me fez seguir este mestrado foi o facto de ser uma área ligada à saúde pública com a junção do meu gosto pelo laboratório, pelo que não me enganei podendo dizer que estou a gostar muito das cadeiras e da matéria que as integra. Embora não ache que este novo método de avaliação por módulo seja de todo a melhor organização por parte dos professores envolventes neste mestrado. Penso que foram complicar as coisas tanto para nós, alunos, como para eles, professores, pois ambos tiveram de se habituar a este novo modelo. Esta estrutura tanto pode ser benéfica como prejudicial para cada um, individualmente. Para mim foi benéfica, pois tínhamos “apenas” a matéria de duas cadeiras, embora a carga de material para estudar fosse maior. Sendo, portanto, um curso que ainda está em crescimento, mas que é um bom partido para retirarmos o mais diversificado conhecimento.
De estudante para estudante aconselho sempre a terem uma opção B para qualquer mestrado, porque poderá não corresponder às vossas espectativas, ou simplesmente mudarem de opinião em relação ao que preferiam.
Podem consultar mais informações acerca deste mestrado no site da UA.