Rita Fernandes: Mestrado em Bioinformática e Biologia Computacional

Rita Fernandes respondeu a algumas questões acerca do mestrado que frequenta (Mestrado em Bioinformática e Biologia Computacional).

Poderias descrever o teu mestrado? As UC’s são mais voltadas para a teoria ou para a prática?

As UCs são voltadas mais para a prática, e em praticamente todas as aulas, os estudantes são incentivados a praticar e fazer exercícios quer em contexto de aula quer em contexto de trabalho individual/em grupo para efeitos de avaliação. Maior parte das aulas consistem numa introdução teórica inicial, sendo o tempo restante aproveitado para exercícios.

Que UC’s de laboratório tens?

Não existe uma UC que seja 100% em laboratório tendo em conta que é um Mestrado focado na perspetiva informática. No entanto, uma das opcionais (Métodos Moleculares na Análise da Diversidade Biológica) tem componente laboratorial.

O teu mestrado tem alguma colaboração com empresas e/ou universidades?

As colaborações que existiram e existem estão relacionadas com teses específicas em que o estudante quis fazer a dissertação nessa empresa ou Universidade em questão. 

Na tua opinião, essas ligações potenciam o ingresso no mercado de trabalho?

Dependendo da empresa e da universidade, mas sim.

Que saídas profissionais podem esperar os alunos que completem o mestrado que frequentas?

Um estudante que complete este mestrado, e dependendo do tema de foque da sua tese, poderá integrar equipas de investigação, empresas de tecnologias da saúde, biotecnologia, ambiente, indústria alimentar, farmacêutica, etc.

Onde aconselhas a procura de informação, para quem esteja interessado em seguir o teu mestrado?

Aconselho a brochura oficial do curso que tem maior parte da informação. Aconselho também: Informação sobre bioinformática e biologia computacional – site da EMBL (que tem muita informação sobre este campo).

O que te fez seguir o mestrado que frequentas?

A interdisciplinaridade do curso em si porque vi o ramo de bioinformática e biologia computacional como uma oportunidade para aprofundar os meus conhecimentos de programação, estatística e informática num contexto biológico, fazendo também ligação com a genética, uma área que sempre me interessou mesmo antes de ingressar em Biologia.

Estás a gostar do teu mestrado?

Sim.

Na tua opinião quais os pontos positivos?

A variedade de UCs e de docentes que as leccionam, e a comunicação com o director do mestrado que está sempre aberto a sugestões, críticas e comentários para melhorar o curso.

E negativos?

Quando entrei, foi o primeiro ano em que começou a funcionar como mestrado de bioinformática e biologia computacional da FCUP, e por isso, houve alguma desorganização a nível de avaliação e aulas de algumas UCs. 

Achas que o teu mestrado está bem estruturado?

Sim.

O que poderia ser reformulado na estrutura do mesmo?

Talvez a introdução de uma cadeira específica sobre Base de Dados e SQL.

Há alguma vivência que tenha ocorrido nestes anos em que estás a estudar e que gostasses de partilhar?

Gostei muito de frequentar uma Spring School organizada em conjunto com o CIBIO-InBIO e o  EMBL-EBI (European Bioinformatics Institute). Foi uma oportunidade para conhecer ferramentas de genómica, transcriptómica e metagenómica que desconhecia, e de estar em contacto com outros investigadores e bioinformáticos do EBI. 

O que tiveste em consideração na escolha do teu mestrado?

Localização, diversidade nas UCs opcionais, proximidade e ligação direta com três grandes centros de investigação (CIIMAR, I3s e CIBIO). 

Tens algum conselho para os estudantes que se vão candidatar, no próximo ano, a um mestrado?

O meu conselho é que não desanimem nem desistam logo no início se não conseguirem dominar a parte de programação e resolução de problemas desde do dia um. O mestrado está adaptado mesmo para licenciados em biologia/ciências biológicas sem qualquer experiência de programação e apesar da curva de aprendizagem poder ser lenta no início, com esforço, treino e dedicação, conseguem ultrapassar essa curva inicial. Em todo o caso, se estiveres interessado em candidatar-te ao Mestrado, aconselho a pesquisar sobre a área, em sites, fóruns, ou até mesmo no Twitter. Um dos pontos positivos desta área é que há muitos bioinformáticos ativos nas redes sociais e nos fóruns que partilham as suas experiências do dia-a-dia e não há falta de informação online sobre esta área.  

Podes partilhar algum contacto teu, caso alguém te queira pedir algum conselho e/ou opinião?

Claro, deixo aqui o meu mail : up201503047@fc.up.pt  e  twitter @ritacompbio