João Branco frequenta o segundo ano do Mestrado em Recursos Biológicos Aquáticos e respondeu a algumas questões.
Poderias descrever o teu mestrado? As UC’s são mais voltadas para a teoria ou para a prática?
Grande parte das UC’s têm uma maior componente teórica do que prática, mas não achei que nas UC’s predominantemente teóricas faltasse a parte prática para complementar.
Na tua opinião, as aulas de laboratório estão a preparar-te bem para o teu futuro?
Poucas são as UC’s que se focam no laboratório, mas algumas unidades curriculares como “Diagnóstico de Doenças de Peixes”, “Ferramentas Moleculares aplicadas à Biologia Aquática” e “Dinâmica das Populações Aquáticas”, têm componentes laboratoriais que nos dão as bases para trabalhar laboratorialmente dentro dessas áreas.
O teu mestrado tem alguma colaboração com empresas e/ou universidades?
Não consigo garantir se existem colaborações entre este mestrado e outras entidades, mas eu e todos os meus colegas encontrámos local onde estagiar ou fazer a tese muito facilmente. Sendo que consegui estabelecer contacto com uma universidade no estrangeiro através de uma das professoras do mestrado.
Que saídas profissionais podem esperar os estudantes que completem o mestrado que frequentas?
Atualmente muita investigação é feita em diversas áreas da aquacultura, como imunologia, sustentabilidade, nutrição, entre outras. Há também uma elevada empregabilidade em unidades de aquacultura, mas a maioria das oportunidades estão no estrangeiro, visto que é um setor ainda pouco desenvolvido em Portugal.
Onde aconselhas a procura de informação, para quem esteja interessado em seguir o teu Mestrado?
O sigarra tem muita informação útil sobre o mestrado e as suas UC’s, mas penso que a melhor maneira é mesmo enviando um email ao diretor do mestrado em questão e marcar uma reunião para esclarecer as dúvidas que possam ter relativas ao mestrado.
Sobre o seu mestrado e as razões que o levaram à escolha do mesmo disse:
No meu último ano de licenciatura tive a UC “Aquacultura” e o tema interessou-me imenso, principalmente porque havia muita saída no estrangeiro e não era apenas em investigação, que foi algo que desde cedo não me imaginei a fazer. O ano curricular do mestrado, no geral, foi positivo, mas as cadeiras opcionais não me permitiam ter um semestre em que todas as UC’s eram do meu interesse, algo que eu esperava que fosse possível quando se está num mestrado. No ano de estágio fui para a DTU (Technical University of Denmark), onde pude experienciar um dos melhores centros de investigação da Europa em sistema RAS e tive também a oportunidade de trabalhar no Nordsøen Oceanarium em parti-time.
Penso que a escolha deste mestrado foi a escolha acertada para mim e recomendo para quem goste do tema, que tenha interesse em trabalhar numa aquacultura ou que simplesmente goste de aquariofilia (que também foi uma das razões porque escolhi).