Maria Moutinho é aluno do primeiro ano do Mestrado em Aplicações de Biotecnologia e Biologia Sintética e respondeu a algumas questões acerca do mesmo.
Poderias descrever o teu mestrado? As UC’s são mais voltadas para a teoria ou para a prática?
As UC’s são maioritariamente teóricas, principalmente no 1º semestre. No 2º semestre, temos acesso a várias cadeiras opcionais que têm uma componente laboratorial mais forte. No entanto, penso que faz sentido que haja uma componente mais teórica devido ao quão vasto em termos de temáticas o mestrado é.
Que UC’s de laboratório tens?
Neste mestrado, 4 em 10 das cadeiras do ano curricular são de cariz opcional, o que permite uma maior componente laboratorial a quem assim o desejar. Pessoalmente, tive duas UC’s de laboratório: Manipulação de DNA e Biologia Sintética e Biotecnologia Azul. Ambas permitiram o acesso a diversas técnicas recorrentes em ambiente laboratorial, nomeadamente Biotecnologia Azul, em que as aulas laboratoriais são lecionadas no CIIMAR.
O teu mestrado tem alguma colaboração com empresas e/ou universidades?
Como existe a possibilidade de fazer estágio em contexto empresarial, existem empresas que aceitam alunos. No entanto, é o primeiro ano de funcionamento do mestrado e estas empresas ainda não foram divulgadas.
Que saídas profissionais podem esperar os alunos que completem o mestrado que frequentas?
Este mestrado reúne valorização científica, tecnológica e económica, permitindo nomeadamente que os alunos ingressem num estágio em contexto empresarial, caso seja do seu interesse. Assim, os alunos acabam por estar preparados para seguirem a área mais comum na nossa faculdade, investigação, mas também áreas no ramo industrial.
Onde aconselhas a procura de informação, para quem esteja interessado em seguir o teu mestrado?
Por ser recente, ainda não há nada para além do site da faculdade.
O que te fez seguir o mestrado que frequentas?
Sem dúvida que este mestrado se diferencia de muitos na FCUP pela aposta na valorização comercial e industrial. Foi isso que me cativou e levou à minha candidatura.
Estás a gostar do teu mestrado?
Por vezes é bastante trabalhoso, no entanto obrigou-me a sair da minha zona de conforto e a descobrir temáticas que desconhecia ou que achava, erradamente, que não eram do meu interesse. Por isso, estou feliz na minha escolha.
Na tua opinião quais os pontos positivos?
Como referi anteriormente, o número de cadeiras opcionais e a aposta na área industrial e de inovação.
E negativos?
Este foi o primeiro ano em que o mestrado funcionou o que fez com que houvesse alguma desorganização entre cadeiras que já existiam, de outros mestrados, e cadeiras novas, nomeadamente em termos de conciliação de horários e prazos de entregas de trabalhos. Este semestre já parece estar mais organizado e com certeza que no próximo ano estes problemas serão minimizados ao máximo.
Achas que o teu mestrado está bem estruturado?
Em termos de interesse das temáticas e a maneira como elas são abordadas, muitas vezes através de seminários e até visitas de estudo, sem dúvida.
O que poderia ser reformulado na estrutura do mesmo?
Penso que os problemas que se verificaram deveram-se a este ser o primeiro ano de funcionamento. Assim, não vejo nada de concreto a ser apontado quanto à estrutura do mestrado em si.
Tens algum conselho para os estudantes que se vão candidatar, no próximo ano, a um mestrado?
Apesar de nada ser definitivo, a escolha de um mestrado dever ser feita conscientemente e de forma responsável. Penso que o melhor conselho é o de não se acomodarem. Procurem muito e bem, falem com quem esteja a fazer ou já tenha feito o/s mestrado/s do vosso interesse para terem a noção de como realmente funciona. Não tenham medo de mandar e-mails e de falar diretamente com os diretores dos mestrados. E claro, procurem um mestrado que vos realize profissionalmente e pessoalmente. E se entrarem num mestrado que afinal não era bem o que esperavam, não tenham medo de tentar de novo.