Carlos Figueira: Mestrado em Bioinformática

Carlos Figueira frequenta o primeiro ano do Mestrado em Bioinformática, da Universidade do Minho, e falou um pouco acerca do mesmo:

 

Ao longo da minha licenciatura em Biologia Aplicada os docentes repetidamente apontavam bioinformática como o futuro da biologia. Assim, no final da licenciatura, e apesar de ter interesse em vários mestrados, o Mestrado em Bioinformática pesou no leque de possíveis escolhas. No fim, o Mestrado em Bioinformática prevaleceu sobre os demais devido à sua taxa de empregabilidade, aliada a uma certa probabilidade de estabilidade profissional.

Em retrospetiva, considero-me satisfeito com a escolha. Se é certo que o mestrado exige uma grande dedicação, bem como trabalho contínuo e sistemático; existe por parte dos docentes disponibilidade para apoiarem os alunos. Acresce que as dinâmicas de aprendizagem estimulam uma grande interação entre todos os alunos, o que ajuda a criar um espírito de grupo saudável, melhora as nossas capacidades de trabalho em equipa, e beneficia a aprendizagem.

 

Estruturalmente o Mestrado em Bioinformática está divido em dois ramos: Tecnologias da Informação e Ciências Biológicas. Aquando da candidatura os alunos selecionam o ramo que complementá a sua formação base. Ou seja, um aluno de Ciências Biológicas em princípio selecionará o ramo de tecnologias da informação.

 

O primeiro ano do Mestrado em Bioinformática engloba onze unidades curriculares (UCs) obrigatórias: seis no primeiro semestre, e cinco no segundo. Ainda que o número de UCs possa parecer elevado, estas são imprescindíveis e necessárias para uma formação sólida em bioinformática. Maioritariamente as UCs seguem uma dinâmica de ensino baseada na implementação prática de conteúdos lecionados, muito com recurso à colaboração entre alunos.

É este grande volume que permite aos alunos enveredarem por diversas vias profissionais no final do mestrado, incluindo investigação ou trabalho em empresas, em áreas tão distintas como modelação, data science, e desenvolvimento e/ou utilização de software. A alta empregabilidade e o alargado leque de opções são, assim, resultado direto da multitude de áreas abordadas ao longo do mestrado.

 

No segundo semestre do primeiro ano, os alunos escolhem um projeto para desenvolverem durante todo o semestre. Este trabalho é acompanhado por um orientador, que acompanha as várias etapas de desenvolvimento do projeto. O projeto permite-nos aplicar os conhecimentos adquiridos a um tema específico. Permite-nos, ainda, ter contacto direto com investigadores e docentes do departamento.

No segundo ano os alunos do mestrado participam na organização das Bioinformatic Open Days (BOD). As BOD são um simpósio, já com nove edições, que promove o intercâmbio de conhecimento entre alunos, docentes e investigadores. Durante as BOD, os participantes têm oportunidade de contactarem diretamente com empresas, investigadores, e palestrantes convidados.

.Os programas das várias edições das BOD são um bom recurso para se compreenderem os vários temas e áreas para os quais a bioinformática contribui.

O site do Mestrado em Bioinformática da Universidade do Minho (https://bioinformatica.di.uminho.pt/) é bastante útil para esclarecer dúvidas sobre o mestrado. No entanto, da minha experiência, a gestão do mestrado é solícita a responder a questões ou dúvidas adicionais. Por isso não hesitem em contactar.