Lourenço Bonneville concluiu o Mestrado em Microbiologia Médica (FCM, FCT, IHMT e ITQB) e respondeu a algumas questões acerca do mesmo.
Poderias descrever o teu mestrado? As UC’s são voltadas mais para a teoria ou para a prática?
As UC são maioritariamente práticas, acompanhadas de uma teórica antes da mesma, o que justifica também a propina mais elevada.
As UC’s são um bom complemento à componente prática?
Sim, nalgumas cadeiras temos ainda, antes de iniciar a aula prática, uma breve introdução aos procedimentos e/ou fundamentos
Que UC’s de Laboratório tens?
Especificamente de laboratório nenhuma, mas no primeiro semestre apenas 3 cadeiras de 2 ECTS não tem parte prática e no segundo semestre todas as cadeiras têm aulas práticas diárias.
Na tua opinião, as aulas de laboratório estão a preparar-te bem para o teu futuro (em investigação, empresa ou outro)?
Sem duvida, porque as aulas práticas são construídas à volta das linhas de investigação de um grupo (grupo coordenador de cada UC/módulo/tema). Inclui isolamento de proteínas, estudo de esporulação em bactérias, diagnostico clinico de doenças infeciosas. Aprendemos muitas técnicas base para uma carreira de investigação.
O teu Mestrado tem alguma colaboração com empresas e/ou universidades?
Sim, o mestrado tem 4 unidades orgânicas: FCT, ITQB, IHMT e FCM.
Na tua opinião, essas ligações potenciam o ingresso no mercado de trabalho?
Sem duvida, e é um bom complemento em termos teóricos, porque complementa investigação fundamental com a visão clinica, epidemiologia e microbiológica.
Que saídas profissionais podem esperar os estudantes que completem o mestrado que frequentas?
Diagnostico clínico, investigação, integração em equipas de estudos de saúde publica, carreira de docência, industria, etc.
Onde aconselhas a procura de informação, para quem esteja interessado em seguir o teu Mestrado?
Nas páginas das unidades orgânicas: pesquisar os temas/linhas de investigação que os grupos do mestrado trabalham, vendo o currículo dos docentes. Podem pesquisar os alunos por redes como o Facebook ou Linkedin e ver o repositório de teses da UNL.
O que te fez seguir o Mestrado que frequentas?
A paixão por microbiologia ligada a doenças infeciosas, sintomas, antibioticoterapia, emergência de uma preocupação global.
Estás a gostar do teu Mestrado?
Sim, sem dúvida.
Na tua opinião quais os pontos positivos?
Muita prática, muitas opcionais, portanto o currículo entre alunos nunca é igual, a proximidade aos professores, a atualidade de todos os temas abordados.
E negativos?
Algumas cadeiras base podem ser repetitivas face à licenciatura, o horário é pós laboral e o método de avaliação é maioritariamente por exame (pelo menos no 1º semestre).
Achas que o teu Mestrado está bem estruturado?
Sim.
O que poderia ser reformulado na estrutura do mesmo?
Algumas UC podem ser reestruturadas para serem mais organizadas em termos de conteúdos e gostava que houvesse um método de avaliação mais completo e mais desafiante
Há alguma “peripécia”/vivência que tenha ocorrido neste/s ano/s em que estás a estudar e que gostasses de partilhar?
Definitivamente: o meu professor de micologia médica que dá aulas na faculdade de Brighton em Londres conhecia o avô dos meus primos (Prof.Doutor Nicolau van Uden, investigador IGC pai do estudo das leveduras em Portugal); esse professor conhecia ainda uma das minhas professoras de licenciatura quando referi a minha faculdade de origem e eu por acaso tinha almoçado com essa professora nessa mesma tarde.
O que tiveste em consideração na escolha do teu Mestrado?
O meu gosto por microbiologia clínica, por doenças infecciosas
Tens algum conselho para os estudantes que se vão candidatar, no próximo ano, a um Mestrado?
O primeiro semestre consegue ser bastante duro, mas não desmotivem porque é incrível as pessoas que conhecem, conhecer o trabalho que se faz em Portugal e a experiência que se ganha.
Podes partilhar algum contacto teu, caso alguém te queira pedir algum conselho e/ou opinião?
Claro que sim, o meu nome é Lourenço Bonneville, podem contactar-me por qualquer rede social minha.