Camila Costa: Mestrado em Genética Forense

Camila Costa é aluna do Mestrado em Genética Forense e falou um pouco acerca do mesmo.

 

O Mestrado em Genética Forense foi estruturado de forma a concentrar a componente teórica toda no primeiro ano letivo, no qual nenhuma unidade curricular obrigatória é exclusivamente prática, existindo apenas aulas esporádicas que poderão ser consideradas componente prática. Tal como nos diversos mestrados, em Genética Forense, existem unidades curriculares opcionais de primeiro ano, sendo que, consoante as opções escolhidas, poderão ter ou não alguma componente prática no decorrer desse ano. Assim sendo, a componente prática propriamente dita é concretizada no segundo ano letivo com o desenvolvimento da dissertação de conclusão do mesmo.

Existem várias entidades em colaboração com o mestrado em Genética Forense, sendo o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) e o Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária (LPC-PJ), os mais sonantes e impactantes da lista. Estas colaborações permitem um contacto mais próximo com a realidade profissional e uma nova perspetiva sobre as diferentes vertentes e aplicações da genética, sendo extremamente enriquecedor pessoal e profissionalmente.

Considerando a baixa criminalidade nacional e a especificidade da área Genética Forense, a oferta de emprego é bastante reduzida, centralizando-se apenas no LPC-PJ e no INMLCF. Para ingressar numa destas instituições é necessário a abertura de concurso público, o que já não se verifica há algum tempo. 

No entanto, as bases de genética populacional adquiridas neste mestrado, permitem aos alunos optar por outras vias para além da forense, como por exemplo, investigação na área da saúde.

A área da genética suscita o meu interesse desde do ensino secundário, portanto, sempre desejei formar-me nessa área, no entanto não sabia que curso deveria escolher, nem que opções deveria tomar. Após algumas diligências tive conhecimento da existência do mestrado em Genética Forense e resolvi optar pela formação em biologia com o objetivo de, na sua conclusão, ingressar neste mestrado.

O mestrado superou as minhas expectativas. Apesar de o primeiro ano ser maioritariamente teórico, gostei de tudo que aprendi nas diversas unidades curriculares. Já no segundo ano, a dissertação do mestrado, onde parte foi realizada no LPC-PJ na diretoria de Lisboa (parceria com Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) veio confirmar e reforçar que é esta a minha paixão, constituindo a minha maior vivência no contexto deste mestrado.

A minha maior preocupação e desilusão, que poderá ser apontado como ponto negativo, é não haver previsão para abertura de concurso público nacional para exercer a função que anseio.

Caso necessitem, podem contactar-me através do e-mail (up201505312@fc.up.pt).